ninguém ensina a voltar. a sair de um lugar que você nem viu
que entrou. a se reconhecer depois de meses (ou anos) sendo o que esperavam de
você. a perceber que, em algum ponto do caminho, você se perdeu de si mesmo e
não sabe mais onde foi parar.
não tem manual pra isso. ninguém te diz que voltar pra si
pode doer tanto quanto ir embora. que vai ter culpa, medo, saudade do que você
fingia ser. que mesmo as versões que te machucaram deixam um tipo estranho de
conforto. o conforto de saber quem você era, mesmo que aquilo fosse só um
rascunho mal feito.
voltar é desconfortável. é abrir gavetas que você fechou com
pressa. é ouvir a própria voz depois de anos falando só o que o outro queria
ouvir. é olhar no espelho e não se reconhecer — mas, ainda assim, escolher
ficar. escolher se esperar. escolher se reconstruir, mesmo sem ter certeza se
vai dar certo.
ninguém fala que às vezes o caminho de volta é mais longo
que a ida. que tem tropeço, tem recuo, tem dias em que parece que você tá
voltando pra lugar nenhum. mas ainda assim, é pra ir. é pra continuar. porque,
lá na frente, tem um ponto onde a dor desacelera. onde o peso diminui. onde a
vida começa a caber de novo no peito.
e talvez seja isso que signifique voltar: não ser quem você
era antes, mas ser quem você precisa ser agora. com mais cuidado, com mais
verdade, com mais espaço pra você habitar em paz dentro de si.
Cadastre seu email e receba nossos informativos e promoções de nossos parceiros.
Professor Fernando da Informática - Desafios da inteligência artificial no âmbito social e profissional
Daniel Alcarria - Nossa Mauá ontem e hoje
Editorial Revista SUCESSO - Editorial Revista SUCESSO - Edição 109
Dra. Paula Franco Freire Biason - Médica Veterinária - Ansiedade canina
Dra. Carolina Tavares de Sá - O advento da tecnologia e a utilização das ferramentas de inteligência artificial pelo Poder J...